UF de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães UF de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães

História

Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães

O nascer da União das Freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães

A União das Freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães, reúne no seu território a agregação de três freguesias: Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães. A recente reorganização administrativa, que foi oficializada a 21 de dezembro 2012 e que entrou em vigor a 28 de janeiro de 2013, conferiu às juntas de freguesia novas competências.

Das antigas freguesias, surgiu então esta União, que combina locais históricos, espaços verdes, cheios de vida e de gentes que são o coração e alma da União das Freguesias.

Histórias, lendas e tradições únicas marcam a identidade de cada freguesia que faz parte desta União, contribuindo para valorizar e tornar acessível a todos um património imaterial nem sempre conhecido, que na maioria das vezes é muito mais que bens materiais, é a historia que os preserva.

Pretendemos dar a conhecer e valorizar a União das Freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães, mostrando as suas potencialidades, tradições, usos, costumes e património histórico-cultural. Cada freguesia apresenta especificidades únicas que devem ser realçadas junto de quem nos visita. Dar a conhecer as mais-valias de cada local e enriquecer a partilha de costumes. 



A União das Freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães, é umas das 8 atuais freguesias do concelho de Oliveira de Frades. Tem uma área de 23,04 km2 e, de acordo com os Censos de 2021, tinha 4006 habitantes. A sua densidade populacional é de 173,8 habitantes/km2.




Designação Oficial
"União das freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães"
Sede - Oliveira de Frades
Freguesia criada pela Lei n.º 11-A/2013 de 28/01/2013 que agregou as antigas freguesias de
• Oliveira de Frades • Sejães • Souto de Lafões •
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 27/02/2020
Estabelecido em reunião de Assembleia de Freguesia, em 15/05/2020
Publicada no Diário da República n.º 128, 2.ª Série, Parte H de 03/07/2020


Armas - Escudo de verde, ponte moderna de um arco de prata movente dos flancos e de campanha ondada de prata e azul de três tiras ondadas, encimada por castanheiro de ouro arrancado e folhado do mesmo e frutado de vermelho, entre duas canastras de prata realçadas de negro. Coroa mural de prata de quatro torres aparentes. Listel de prata com a legenda a negro " UNIÃO DAS FREGUESIAS DE OLIVEIRA DE FRADES, SOUTO DE LAFÕES E SEJÃES ". 










Bandeira - Esquartelada de amarelo e verde; cordões e borlas de verde e ouro. Haste e lança de ouro.










Oliveira de Frades

" Resumo Histórico
Freguesia de Oliveira de Frades

Situada numa posição adjacente ao rio Vouga, a freguesia de Oliveira de Frades é sede do concelho homónimo, no distrito de Viseu e tem por orago S. Pelágio.
Em Oliveira de Frades existem inúmeros vestígios de uma ocupação humana pré-histórica, no entanto, as primeiras notícias referentes a este povoamento remontam ao reinado de D. Afonso III. A actual freguesia correspondia, quase na sua totalidade, ao antigo "couto de Ulveira". Dos marcos delimitativos do couto apenas restam dois em bom estado de conservação, um dos quais situado na Quinta de Torneiros e o outro na Cabeça do Souto. O "couto de Ulveira" foi doado aos frades de Santa Cruz, pelo primeiro rei, D. Afonso Henriques; foi uma vigairaria de apresentação da Universidade de Coimbra e pertenceu ao concelho de Lafões, do qual passou para Vouzela."


"Eu, Afonso, Rei de Portugal pela graça de Deus, neto do grande imperador Afonso,
                               filho do conde D. Henrique e da rainha D. Teresa, não sendo impedido por nenhuma 
                               necessidade mas levado por espontânea e benévola vontade e pelo amor divino, faço
                               couto a vós, cónegos de Santa Cruz, a saber: a D. João, prior da mesma igreja e aos
                               irmãos frades que presentemente habitam naquele lugar aquela vossa vila de Ulveira,
                               situada em território de Lafões, ao pé do rio Vouga, entre Souto, S. Vicente e Travanca,
                               herdade que Rodrigo, alcaide de Coimbra, e sua mulher "Elvira Rabaldes" vos testaram,
                               com o meu consentimento, autorização e ordem. Porque eles assim fizeram, embora a
                               referida herança ou herdade me pertencesse, todavia eu confirmo e concedo e vos faço
                               couto por remédio da minha alma e de meus pais".
                               "Assim, se alguém, o que não creio acontecer, vier, seja parente ou estranho,  tentar romper
                               os limites do referido couto, ou entrar pela violência, será obrigado pelo poder real a entregar-nos
                               seiscentos soldos de boa mente e indemnizará quatro vezes mais o dano que fizer e, além
                               disso, será separado do seio da Santa Madre Igreja e do convívio dos fiéis".

                         A confirmação deste couto foi feita no mês de Novembro, era de César
                        1207 (1169 da era de Cristo), quando o Rei veio de Badajoz e jazia enfermo
                        no Balneário de Lafões.


" Com panoramas de grande beleza sobre o vale do Vouga, a freguesia é rodeada por campos de milho, ramadas e pomares. Os principais produtos agrícolas produzidos são os cereais, o feijão, a fruta (maçã, citrinos, e azeitona) e o vinho verde, característico da região de Lafões, mas é a produção do milho que se destaca como maior fonte de rendimento económico na freguesia. Parte dos terrenos agrícolas estão ocupados por pastagens, sobretudo no vale do rio Vouga, que alimentam o gado, especialmente o bovino produtor de carne e de leite. A suinicultura e a avicultura têm também um importante papel na economia local, porém, desde a primeira metade do século XX que a venda de peixe faz parte da vida económica da população; esta actividade começou a ser exercida por várias famílias que aqui se fixaram, vindas do litoral.
Do património cultural e edificado destacam-se a Igreja Matriz, reconstruída em 1889 e os fragmentos do antigo pelourinho.
O antigo topónimo "Ulveira" designava um terreno fértil e alagadiço, derivando o seu nome de "ulva", uma pequena planta rasteira, própria de terrenos pantanosos, que depois eram drenados e enxaguados, tornando-se mais férteis. No que respeita ao actual topónimo, "Oliveira de Frades", deriva o primeiro elemento da antiga designação "Ulveira", sendo o segundo elemento a referência aos frades do Convento e S. Cristóvão. "
















Orago - São Pelágio

Ordenação heráldica do brasão e bandeira

Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 04/04/2001

Estabelecida em reunião de Assembleia de Freguesia, em 29/06/2001

Publicada no Diário da República n.º 171, 3.ª Série, Parte A de 25/07/2001

Registado na Direcção Geral de Autarquias Locais, com o n.º 293/2001, em 30/08/2001



Armas - Escudo de verde, faixa ondada de prata e azul de três tiras, acompanhada em chefe de um cacho de uvas de ouro, sustido de prata e espiga de milho de ouro, folhada de prata e, em ponta, de canastra de ouro, realçada de negro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ FREGUESIA DE OLIVEIRA DE FRADES “.










Simbologia
Cacho de Uvas e Espiga de Milho - Representam a vitivinicultura e a agricultura, actividades base da economia local.
Burelas Ondadas - Representam os terrenos férteis de "Ulveira", que são beneficiados pela proximidade do rio Vouga.
Canastra - Representa a venda de peixe, actividade de grande desenvolvimento desde a primeira metade do século XX.




Bandeira - De branco, cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.











Souto de Lafões

" Resumo Histórico

Freguesia de Souto de Lafões


A freguesia de Souto de Lafões dista cerca de dois quilómetros da sede do concelho de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu e estende-se por uma fértil encosta sobranceira ao rio Vouga. O seu orago é S. João Baptista, celebrado anualmente na freguesia a 24 de Junho; para além desta festividade, outras são realizadas na freguesia, como é o caso das festas realizadas no último Domingo de Julho, em honra de Santa Bárbara e de S. Macário.

O topónimo da freguesia era inicialmente, apenas Souto, referindo-se à abundante zona florestal da freguesia, propícia ao desenvolvimento de castanheiros; o segundo elemento toponímico, "de Lafões", foi-lhe acrescentado já depois do século XIII, para distinção de outras localidades homónimas, designando a região onde se insere.

A antiguidade do povoamento local de Souto de Lafões é atestada pelas duas mamoas de Vilarinho, situadas entre Travassós e Vilarinho, e pelo topónimo Castelo, que atesta a possível existência de uma construção remota. A proximidade dos dois montes cónicos de Lafões são também indicativos do povoamento remoto na área circundante.

Souto de Lafões está integrada na sub-região de Lafões, pelo que é importante fazer uma breve referência à história desta região para melhor se compreender o contexto da criação e desenvolvimento da actual freguesia de Souto de Lafões. A sub-região de Lafões situa-se em pleno coração da Beira Alta, completamente incluída na bacia do Vouga e é constituída pelos concelhos de S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades e ainda algumas freguesias dos concelhos de Castro Daire e de Viseu. A Norte do território desta região encontram-se os elevados contrafortes do maciço montanhoso da Gralheira, representados pelas serras de S. Macário, da Arada e de Manhouce; a Sul encontra-se a Serra do Caramulo que se estende sobre o vale de Besteiros inclinando-se para o vale do Vouga. A 15 de Dezembro de 1514, D. Manuel I deu foral novo ao concelho e terra de Lafões e as actuais freguesias do concelho de Oliveira de Frades beneficiaram dessa carta de foral, excepto a vila que era couto de Santa Cruz.

Um facto importante da história da freguesia de Souto de Lafões é que antigamente, a sua área englobava grande parte do território que actualmente constitui a freguesia e vila de Oliveira de Frades, ainda inicial no século XIII como povoação. O primeiro documento que faz referência à actual freguesia de Souto de Lafões é a carta de couto e confirmação da doação de Oliveira de Frades ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, concedida por D. Afonso Henriques em 1169, onde é mencionado que "faço couto a vós cónegos de Santa Cruz, a saber: a D. João prior da mesma igreja e aos irmãos Frades que presentemente habitam naquele lugar, aquela vossa vila de Oliveira e está em território de Lafões, situada ao pé do rio Vouga, entre Souto, S. Vicente e Travanca,...."

As Inquirições de 1258 referem a paróquia de S. João do Souto (ainda não era designado de Souto de Lafões) como constituída por uma das três "villas" rústicas: Oliveira, Souto e Travanca. A de Oliveira que é a actual vila e sede de concelho de Oliveira de Frades, era então um couto por padrões pela anterior doação de D. Afonso Henriques ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra; a de Souto era uma "fogueira e terça de origem", foi povoada a foro de montaria, tinha treze casais honrados do Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões e peitava voz-e-coima ou a criminalidade, tendo anteriormente servido em anúduvas, o que já não acontecia em 1258; a "villa" de Travanca era uma honra de fidalgos, mas não de calúnia, pois peitava apenas voz-e-coima.

O território da freguesia de Souto de Lafões está dividido em dois blocos, sendo que o lugar de Vilarinho constitui o enclave. Vilarinho era uma "villa" rústica por si e tinha um bom reguengo que talvez constituísse a "villa", directa propriedade real. Em Souto propriamente dito, existia outro reguengo, no "logo" de Tabuaço, desde o Porto de Ussa até à ribeira de Retorta, no Vouga. Os dois referidos reguengos eram trazidos pelo Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões, em prestimónio da parte do rei. Já antes de 1258, o referido mosteiro possuía várias doações na freguesia: o Linhar da Figueira, doado por João Anes, do Souto, ainda no reinado de D. Sancho II; a vinha do Arrabaldinho, doada por Pêro Mendes; uma leira de vinha testada por Ausenda Soares e uma peça e herdade no Porto de Louredo, testada por Domingos Anes. 

Em 1359 aparecem registadas oito igrejas no bispado de Viseu, entre as quais a de S. João do Souto. A Igreja Paroquial era apresentada desde 1258, pelos habitantes monteiros e pelo Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões. No entanto, posteriormente, o padroado aparece na posse da coroa, que ainda no século XVIII apresentava o abade com 300 mil réis de renda.

Do património cultural e edificado da freguesia de Souto de Lafões, merecem especial destaque a Igreja Matriz, a ponte do Cunhedo, as casas da Igreja, do Arrabalde e do castelo, a capela de Santa Bárbara e ainda os vestígios da remota ocupação deste território: o castro da Coroa e a estrada romana de Vilarinho. Constituem ainda lugares de grande interesse turístico o Monte de Santa Bárbara e a praia de Porto Areias.

A população de Souto de Lafões ocupa-se da agricultura, labor de maior tradição local e noutras actividades mais recentes mas que têm vindo a implantar-se em Souto de Lafões, como é o caso da avicultura e da indústria que muito tém contribuído para o desenvolvimento da economia local. "








Orago - São João Baptista

Ordenação heráldica do brasão e bandeira

Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 19/11/2004

Publicada no Diário da República n.º 9, 3.ª Série, Parte A de 13/01/2005

Registado na Direcção Geral de Autarquias Locais, com o n.º 034/2005, em 26/01/2005


Armas - Escudo de ouro, roda dentada de negro e dois castanheiros arrancados, de verde, frutados de prata, tudo alinhado em roquete; campanha diminuta ondada de azul e prata de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ SOUTO DE LAFÕES “.









Simbologia

Roda Dentada - Representa a indústria, actividade que se implantou na freguesia nas ultimas décadas e que muito tem contribuído para o desenvolvimento da economia local.

Castanheiros - Representam o topónimo "Souto de Lafões", cujo primeiro elemento faz referência à abundante zona florestal da freguesia, rica em castanheiros.

Burelas Ondadas - Representam o rio Vouga, assim como a praia de Porto de Areias.





Bandeira - De verde. Cordões e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.










Sejães

"Resumo Histórico

Freguesia de Sejães


Sejães é uma freguesia do concelho de Oliveira de Frades, distrito de Viseu. Está situada próxima da margem direita do rio Vouga, entre as serras da Gralheira e do Caramulo, distando cerca de quatro quilómetros da sede concelhia. O seu orago é S. Martinho, celebrado anualmente a 11 de Novembro.

No século XIII, Sejães já se encontrava instituída paroquialmente, sendo que nas Inquirições de 1258 é já mencionada, sendo então composta pelas duas "villas" de Sejães e Sequeirô que foram honras da curiosa personagem à qual os documentos antigos se referem como "alcaide Cerveira". Na doação de Louriçal ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra de 1166, figura como uma das testemunhas "Cerveira, alcaide de Coimbra" que segundo o cronista A. Brandão era "pessoa de grande respeito naquele tempo, rico e conhecido". Ainda nas Inquirições de 1258, é mencionado que a "villa" de Sejães fora honra de cavaleiros-fidalgos e que na época pertencia na totalidade ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, à excepção de três casais que pertenciam ainda a fidalgos. Em Sequeirô, a situação era idêntica, pois fora, no passado, de cavaleiros-fidalgos e na altura das Inquirições possuíam aí casais a Ordem do Hospital, o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e um cavaleiro-fidalgo. O seu topónimo surge então com a grafia "Segiães" o que revela tratar-se de um genitivo de um nome pessoal, revelando a existência de uma "villa" rústica pertencente a um indivíduo desse nome.

No reinado de D. Sancho II, o filho de algo Lourenço Pares "Cerveira" adquiriu vários casais em Sejães, honrando-o e não fazendo dele foro à coroa. Eclesiasticamente, a paróquia foi da apresentação dos descendentes do "alcaide Cerveira". Em 1321, era abade de S. Martinho de Sejães o padre Soeiro Esteves que nesse ano doou ao mosteiro de Salzedas uma das casas em Viseu. Posteriormente, Sejães foi curato de apresentação da vigairaria de Oliveira de Frades. Em 1527, a freguesia de Sejães estava integrada no concelho de Lafões, passando posteriormente a integrar o de Oliveira de Frades.

Do acervo patrimonial da freguesia de Sejães fazem parte a Igreja Matriz, a Ponte Luís Bandeira, Rastos dos Mouros, a Pedra do Jogo, a Casa do Falcão, a Capela de S. Mateus e os moinhos de água. Como locais de interesse turístico, o destaque vai para a praia e parque fluvial nas margens do rio Vouga.

A agricultura e a fruticultura estão na base da economia local, sendo que a exploração florestal e a restauração ocupam também um papel importante no desenvolvimento local."


" As margens do Rio Vouga, onde se formou a freguesia de Sejães, terão sido povoadas desde mui remota antiguidade (Pré-História). Vestígios vários comprovam isso mesmo: - 'Rasto dos Mouros' (Sejães), 'Anta das Arroteiras' (quase desaparecida) e 'Pedras do Jogo' (Casal), etc.. Documentos antigos falam-nos ainda de vários sinais gravados em pedras nos montes.

Provável idade do (impropriamente) chamado 'Rasto dos Mouros'? - Especialista afirmou-nos, no local, que tais vestígios devem remontar à 'Idade do Bronze' ou seja a cerca de 1.500 anos antes de Cristo!


Velhas datas históricas desta Comunidade


» 1169 - O mais antigo documento histórico conhecido a mencionar Sejães é do tempo do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Trata-se da Carta de Doação do 'Couto de Ulveira' (Oliveira) aos Frades do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Assinada pelo monarca quando ele estava em tratamento nos 'Banhos de Lafões' refere, como limite do território a Ocidente, "a estrada que passa pela ponte de Sejães" (Sigianes).

» 1207 - Nesta data, o célebre Alcaide de Coimbra Lourenço Peres de Cerveira, no seu testamento, faz doação, ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, de "metade da sua quintana de Sigiães, com todas suas pertenças; mais 5 casais em Sigiães; e metade da igreja desta villa; 2 casais no Casal; 1, em Sequeirô"... (Cf. A. Nazaré Oliveira, in rev. 'Beira Alta', ano 2007).

» 1213 - Pela Concordata assinada entre o Bispo de Viseu e o Cabido da Catedral, em 'partilha das terças das igrejas e mais propriedades do domínio da Sé', Sejães ficou adstrita ao Cabido.

» 1258 - Nas Inquirições de D. Afonso III, refere-se: - 'os herdeiros do Alcaide Cerveira ainda têm o direito de apresentação à mesma igreja' (de Sejães).

» 1258 - O citado documento refere também que possuíam aqui propriedades: o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e a Ordem Militar dos Hospitalários de S. João (de Jerusalém) ou Cavaleiros de Malta. Esta Ordem instituiu, posteriormente, sete 'Coutos' na região. Entre eles, o de Sejães, que tinha sede; e estruturas administrativas próprias; e gozava de certa autonomia.

» 1455 - Decreto episcopal uniu as freguesias de Oliveira e Sejães, por ambas estarem "pobres e deterioradas pelas grandes pestilências (peste negra) em que os fregueses desfaleceram.

» 1795 - O Couto de Sejães ainda existia nesta data, quando a paróquia foi visitada pelo Bispo de Viseu D. Francisco Monteiro Pereira de Azevedo, que censurou a Comenda (com sede nos arredores de S. Pedro do Sul) pela 'maior penúria e miséria' em que se encontrava a igreja.

» 1818 - É concluído o arco e a capela-mor da igreja. O 'corpo' da mesma, de traça simples, é muito mais antigo.

» 1838 - Criadas as Juntas de Paróquia, a primeira reunião da de Sejães decorreu em 17 de Maio do ano seguinte."




    "Inauguração d’uma ponte"

    "No logar de Sejães, em Oliveira de Frades, inaugura-se hoje uma ponte,
    o que é motivo de justo regosijo para os povos de aquella localidade.
    É a obra mais importante até agora construída em Portugal com béton de
    cimento armado.
    Iniciada a sua construcção a 10 de Junho de 1907, foi dada por concluída
    em 14 de Setembro, durando por conseguinte a sua construcção três mezes
    e quatro dias.
    Foi dirigida pelos ingenheiros srs. Moreira de Sá e Malevez, agentes geraes
    do sistema Hennebique em Portugal.
    Na construcção foram empregadas 16 toneladas de aço Bessmer e 60 metros
    cúbicos de béton; o pezo total da ponte é de cerca de 167 toneladas
    e a sobrecarga para que foi calculada de 58 toneladas.
    As sobrecargas adoptadas foram: 400 kilogramas por metro quadrado de
    calçada e 360 kilogramas por metro quadrado de passeio.
    O programa das provas de resistência da ponte comporta uma primeira parte
    consistindo na carga total da ponte para verificação da flecha produzida,
    uma segunda parte repetindo-se a prova anterior depois de se haver procedido
    à descarga da ponte para nova verificação da flecha,e uma terceira
    parte consistindo na passagem e estacionamento sobre a ponte de uma fila de
    carros dispostos de modo que acarga de 5:000 kilogramas seja transmitida
    por duas rodas distantes dois metros de centro a centro.
    A nova ponte tem 44 metros de comprimento, largura de calçada 3 metros, idem
    de cada passeio, 75 centimetros, abertura do arco 32 metros, flecha 6,m40.
    A espessura do pavimento é de 12 centimetros e de 10 a dos passeios.
    O acto inaugural que hoje se realisa coincide com as provas de resistência realisadas
    pela comissão de verificação das pontes metallicas.
    Agradecemos o convite que nos foi enviado".












    Orago - São Martinho

    Ordenação heráldica do brasão e bandeira

    Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 17/10/2006

    Estabelecida em reunião de Assembleia de Freguesia, em 16/12/2006

    Publicada no Diário da República n.º 19, 2.ª Série, Parte H de 26/01/2007

    Registado na Direcção Geral de Autarquias Locais, com o n.º 018/2007, em 16/02/2007


    Armas - Escudo de ouro, cruz latina de azul, acantonada de quatro laranjas de vermelho, folhadas de verde; em campanha, ponte de um arco de negro, lavrada de prata, movente dos flancos e de um pé ondado de azul e prata de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ Sejães “.










    Simbologia

    Cruz Latina - Representa o passado histórico de Sejães que outrora esteve na posse do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
    Laranjas - Representam a fruticultura, actividade bastante importante para a economia local.
    Ponte - Representa a ponte Luís Bandeira.
    Burelas Ondadas - Representam a situação geográfica da freguesia, junto ao rio Vouga.




    Bandeira - De vermelho. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.







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